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quinta-feira, 5 de abril de 2012

5abr12 Paulo Félix





Por engano, na primeira edição em papel, foi colocado o poema Ser Democrático, de Maria Dimas.


Ser Democrático

Quanta beleza à mostra!
Quanta vida a fluir!
Calor, sangue, substâncias, oxigênio,
Tudo pulsa, é a vida!

Quanta podridão oculta!
No cérebro, no coração, nas entranhas!
Talvez até nos gestos, nas palavras,
No hálito puro dejeto...

Que contradição, que contraste!
Um Eu perfeito, puro, sadio,
Habita em total igualdade, em harmonia
Com um Eu defeituoso, impuro, doente...
Por imposição, somos seres democráticos.

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